Relações étnico-raciais: Secretaria de Educação desenvolve diversos projetos sobre inclusão e representatividade

 Relações étnico-raciais: Secretaria de Educação desenvolve diversos projetos sobre inclusão e representatividade

Na rede municipal de ensino, a inclusão e a representatividade são pilares fundamentais. E é pensando nisso que a Secretaria de Educação (Seme) trabalha para garantir que os alunos conheçam e valorizem as diferentes culturas e histórias. Ao longo do ano letivo, as 129 escolas do município abordam temáticas estratégicas, como as relações étnico-raciais, promovendo a cultura afro-brasileira, africana, indígena e cigana, além de trabalhar para combater o racismo na comunidade escolar.

Na Escola do Campo e Estação de Ciências em Tempo Integral (ECECTI) Margarete Cruz Pereira, em Roda D’Água, por exemplo, foi desenvolvido o projeto “África que existe em mim e realezas africanas”, que surgiu da necessidade de valorizar e reconhecer a importância da cultura africana e afro-brasileira na formação da identidade do povo brasileiro.

“Identificamos que muitos estudantes tinham uma visão muito limitada sobre África, eles achavam que era somente pobreza. Então eu apresentei, ao longo das aulas, princesas e príncipes africanos que realmente existiram”, disse a professora responsável pelo projeto, Rafaela  Altenrath, que também apresentou sobre as danças, comidas, palavras e diversas outras curiosidades sobre o local.

Além desse projeto, diversas outras ações são desenvolvidas nas escolas. A Coordenação de Equidade e Educação das Relações Étnico-Raciais da Seme intensificou uma série de atividades que visam proporcionar aos alunos uma visão sobre a diversidade cultural, além de prepará-los para serem cidadãos conscientes e livres de preconceitos.

“A educação é um poderoso instrumento de transformação social, e é com esse propósito que trabalhamos. Nossa missão é garantir que os alunos conheçam e valorizem as diferentes culturas e histórias que compõem a nossa sociedade”, destacou a secretária de Educação, Luzian Belisario.

ProErer e acompanhamento de ações

Para garantir a eficiência no serviço, o município utiliza o protocolo inovador dos embaixadores Programa de Educação para Relações Étnico-Raciais no Espírito Santo (ProERER), reafirmando seu compromisso com a promoção de políticas antirracistas e de inclusão no ambiente escolar. Todas as escolas da rede possuem professores que recebem formação e desenvolvem ações de combate ao racismo e a discriminação no ambiente escolar.

O projeto visa transformar as escolas em espaços onde a diversidade étnico-racial seja respeitada e valorizada. Os embaixadores ProERER, que incluem profissionais da educação, líderes comunitários e alunos capacitados, atuam como agentes de mudança, conduzindo atividades pedagógicas, rodas de conversa e ações educativas para orientar a comunidade escolar no combate ao racismo e na promoção de relações igualitárias.

Parte essencial de suas atividades é a formação contínua dos professores da rede municipal, capacitando-os para desenvolver uma educação antirracista e inclusiva nas salas de aula. Essas atividades alcançam estudantes de diferentes faixas etárias, contribuindo para a construção de uma cultura escolar antirracista.

Fortalecimento da identidade na Educação Infantil

Crianças da Educação Infantil têm participado de contações de histórias baseadas em narrativas afro-brasileiras e indígenas, escolhidas para fortalecer sua construção identitária e promover representatividade desde as primeiras etapas da escolarização.

Protocolo oficial de enfrentamento ao racismo

Outro destaque é o documento oficial elaborado pela Coordenação de Equidade e Educação das Relações Étnico-Raciais, que orienta equipes escolares sobre como agir diante de casos de racismo ou discriminação. O protocolo fornece respaldo pedagógico e jurídico para que professores e gestores atuem de forma assertiva e acolhedora, garantindo proteção aos estudantes e promovendo ações educativas que previnam novas situações.

Trabalho com as famílias e autodeclaração

A Secretaria de Educação tem atuado diretamente com as famílias, por meio de encontros e reuniões, para fortalecer o processo de autodeclaração racial dos estudantes. Esse trabalho ocorre tanto com os próprios estudantes quanto em diálogo com seus responsáveis, reforçando a importância da identidade étnico-racial como ferramenta de pertencimento e promoção de políticas de equidade.

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