Reconhecimento facial identifica e leva à prisão autor de latrocínio de motorista de aplicativo na Serra

 Reconhecimento facial identifica e leva à prisão autor de latrocínio de motorista de aplicativo na Serra

A tecnologia de reconhecimento facial utilizada pelo Governo do Espírito Santo foi decisiva para localizar e prender, nesta quinta-feira (12), um homem de 51 anos acusado de participação em um latrocínio ocorrido em 2020, no município da Serra. A vítima foi o motorista de aplicativo Anderson Luiz Lira, morto durante uma corrida no bairro São Francisco, na Grande Jacaraípe.

O criminoso, que possuía dois mandados de prisão em aberto, foi identificado por uma das câmeras do sistema enquanto circulava em Cariacica. A imagem foi analisada em tempo real pelo sistema de reconhecimento facial operado pela Gerência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Gint/Sesp). Imediatamente, uma equipe da Superintendência de Polícia Interestadual e Captura (Supic) foi acionada e realizou a abordagem, sem resistência.

“O sistema nos dá um tempo técnico de 8 a 14 segundos entre a identificação e a comunicação com as equipes, o que garante precisão e agilidade na abordagem”, explicou o superintendente da Supic, delegado Júlio Cesar. Segundo ele, a taxa de acerto da ferramenta é de 99%.

O secretário de Estado da Segurança Pública, Leonardo Damasceno, destacou que o uso da tecnologia tem ampliado a capacidade de resposta das forças de segurança. “Estamos integrando dados civis, criminais, do Detran e de mandados de prisão. Isso resulta em prisões qualificadas e mais segurança para a população capixaba”, disse.

Desde o início do projeto piloto, 150 pessoas com mandados em aberto já foram presas graças ao sistema, grande parte por crimes graves como homicídio, roubo e tráfico de drogas. As câmeras estão instaladas em prédios públicos, vias de grande circulação e até em veículos do Sistema Transcol — os locais exatos não são divulgados por questões de segurança.

O crime

O motorista Anderson Luiz Lira foi assassinado no dia 3 de junho de 2020 após aceitar uma corrida com dois homens que se passaram por passageiros. Durante o trajeto, a dupla anunciou um assalto. Diante da reação da vítima, um dos criminosos aplicou um golpe de “mata-leão” e, em seguida, efetuou um disparo que atingiu Anderson no maxilar.

O corpo foi enterrado na areia da praia de Jacaraípe, e o carro da vítima foi encontrado dois dias depois, completamente carbonizado. Um dos autores, de 54 anos, foi preso em flagrante poucos dias após o crime e levou a polícia ao local onde o corpo havia sido enterrado. À época, ele alegou que apenas ajudou a ocultar o cadáver, mas as investigações revelaram sua participação direta no latrocínio.

Já o homem preso nesta quinta-feira possuía uma extensa ficha criminal desde 1997, incluindo crimes de furto, roubo e porte ilegal de arma. Estava foragido desde 2017, quando deixou de cumprir o regime semiaberto.

Agora, ele volta ao sistema prisional, onde responderá pelos crimes de latrocínio e evasão do regime prisional.

Postagem relacionada

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *