Projeto em escola de Vargem Alta promove inclusão e acessibilidade no ensino de Ciências
A Escola Estadual Agostinho Agrizzi, em Vargem Alta, realizou em junho o projeto “Célula Tátil: Conhecendo a Vida com as Mãos”, com foco na inclusão de uma estudante com baixa visão e na promoção da acessibilidade no ensino de Ciências. A iniciativa envolveu alunos do 6º ano do Ensino Fundamental em uma proposta prática e sensível, utilizando materiais como massinha de modelar, EVA e itens recicláveis para construir modelos de células.
Coordenado pelo professor Iago Valentim de Oliveira, com apoio das professoras Delcilene Ronchi de Almeida Lopes e Ednai Bispo dos Santos, do Atendimento Educacional Especializado (AEE), o projeto teve como ponto de partida discussões sobre deficiência visual, empatia e respeito às diferenças. Os estudantes também aprenderam sobre o sistema Braille e a importância do tato no processo de aprendizagem.
A atividade garantiu à aluna com deficiência visual a possibilidade de participar ativamente da construção e reconhecimento das organelas celulares por meio do toque, fortalecendo sua autonomia e inserção no ambiente escolar. “O impacto foi muito além da acessibilidade. A sala se transformou em um espaço de empatia, colaboração e aprendizado coletivo”, afirmou o professor Iago.
A professora Ednai ressaltou que o projeto também contribuiu para quebrar preconceitos: “Foi uma experiência significativa. A estudante aprendeu de forma concreta e junto com os colegas. A inclusão aconteceu com amor, e isso transforma vidas”.
A própria aluna, Isabella Rangel Silva, comentou sobre a importância da ação: “Vocês puderam me incluir nas atividades. Alguns colegas que zoavam da minha deficiência agora viram de outra forma. Espero que essas brincadeiras de mal gosto parem”.
Com uma abordagem tátil e colaborativa, o projeto não apenas facilitou o aprendizado sobre a estrutura celular, mas também reforçou o compromisso da escola com uma educação inclusiva, capaz de acolher e transformar realidades.
