Estudantes vivenciam práticas forenses com apoio da Polícia Científica em projeto interdisciplinar

Alunos da Escola Estadual Mário Gurgel, em Vila Velha, mergulharam no universo da perícia criminal por meio do projeto “Práticas Investigativas – Jovens Peritos”, uma parceria inédita com a Polícia Científica do Espírito Santo. A iniciativa, coordenada pelo professor de Química William Cezar de Lima Silva, promoveu uma imersão prática e interdisciplinar que despertou o protagonismo estudantil e o pensamento científico.
Dividido em seis etapas, o projeto começou com uma palestra introdutória conduzida por um perito oficial, que apresentou os fundamentos das ciências forenses. Em seguida, os alunos participaram da simulação de uma cena de crime envolvendo uma morte violenta. A partir dessa experiência, foram organizadas estações temáticas sobre balística, biologia, papiloscopia e química forense.
A proposta envolveu conteúdos de diversas disciplinas — Química, Física, Biologia, Matemática, Língua Portuguesa e Tecnologia — integrando teoria e prática de forma criativa. Os estudantes, atuando como “jovens peritos”, foram estimulados a observar, levantar hipóteses, buscar evidências e formular conclusões a partir de dados reais.
Além de ampliar o repertório científico, a atividade também fortaleceu habilidades socioemocionais como empatia, escuta ativa, responsabilidade e trabalho em equipe.
“O princípio de Edmond Locard diz que ‘todo contato deixa uma marca’, e com o desenvolvimento do projeto não foi diferente. Fomos tocados por uma experiência inter e transdisciplinar que despertou nos alunos a capacidade de pensar, agir e transformar com base em evidências e valores”, destacou o professor William.
Para a aluna Ana Clara da Conceição Silva, da 2ª série do Ensino Médio, a vivência foi inspiradora: “Amei a experiência! Foi um dia de muitas descobertas. Quando os peritos apresentaram a prática forense de forma tão dinâmica, percebi que sonhos podem se tornar realidade. Descobri ciência onde nunca imaginei.”
O projeto reforça o papel da escola como espaço de experimentação, conexão com o mundo real e formação cidadã.