Espírito Santo deve criar de 2.800 vagas temporárias no último trimestre do ano
Waist up portrait of two young workers in supermarket stocking shelves with fresh fruit
Contratações devem ocorrer, principalmente, nos setores de comércio, turismo e logística. Estimativa prevê ainda que a taxa de efetivação desses profissionais será de 30% a 40%
O último trimestre de 2025 promete ser aquecido para o mercado de trabalho capixaba. A expectativa é que o Espírito Santo gere entre 2.400 e 2.800 vagas temporárias para o período de fim de ano, impulsionadas pelas contratações no comércio e nos serviços, que tradicionalmente lideram o movimento de alta nas vendas e no consumo durante datas comemorativas como a Black Friday e o Natal. A maior parte das oportunidades deve surgir nos setores de comércio, turismo e logística.
As análises são do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com base em informações da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Segundo o estudo, o estado é responsável por cerca de 2,2% da movimentação nacional no último ciclo de contratações temporárias, índice coerente com a participação na economia brasileira.
Além disso, o Espírito Santo tende a acompanhar a tendência nacional de ampliação moderada das contratações, mas com destaque para a maior formalização e estabilidade das relações de trabalho, o que aumenta as chances de efetivação no início de 2026. A taxa de efetivação prevista é de 30% a 40%, o que pode representar de 720 a 1.120 novos vínculos formais após o período de festas.
Para André Spalenza, coordenador do Observatório do Comércio do Connect Fecomércio-ES, os dados demonstram o dinamismo do mercado capixaba. “O Espírito Santo vem consolidando um ambiente econômico estável e com alto nível de formalização, o que torna o trabalho temporário uma oportunidade real de ingresso no mercado de trabalho. Em muitos casos, essas contratações se transformam em empregos fixos, contribuindo para a geração de renda e a redução da informalidade”, destacou.
De acordo com Spalenza, jovens em busca da primeira experiência e pessoas que estavam afastadas do mercado encontram nessas vagas a chance de aprender e conquistar um espaço definitivo nas empresas.
“O trabalho temporário cumpre uma função social importante. Ele dá oportunidade, capacita e abre portas para quem quer voltar a trabalhar. Além disso, ajuda as empresas a formarem quadros mais qualificados e alinhados às suas necessidades”, completou.
O levantamento do Connect Fecomércio-ES mostra que essa tendência vem se fortalecendo no estado. O formato tem permitido que micro e pequenas empresas testem novos profissionais, ampliem equipes e adaptem operações ao aumento da demanda de fim de ano, ao mesmo tempo em que contribui para a inclusão produtiva e a redução da informalidade.
Nas empresas, o planejamento para a alta temporada já está em andamento. É o que afirma Fabiana Gonçalves Vieira, diretora de Gente e Gestão do Grupo Coutinho. “Nosso processo seletivo começa cerca de 40 dias antes do verão. Contratamos colaboradores em regime de experiência, integrados à equipe, com uniformes e benefícios garantidos. Muitos desses profissionais se destacam e acabam sendo efetivados. Temos casos de pessoas que começaram assim e hoje estão há anos na empresa”, explicou.
A pesquisa completa, com os dados detalhados, pode ser acessada no site https://portaldocomercio-es.com.br.
Foto: Envato.

