Empresários capixabas querem contratar mais funcionários e ampliar investimentos para a expansão dos negócios
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É o que aponta o Índice de Confiança do Empresário do Comércio no Espírito Santo. Indicador cresceu 4,5% e está acima das médias nacional e do Sudeste.
O comércio capixaba entrou no período mais aquecido do ano com um sinal claro de confiança: empresários mais dispostos a investir e contratar profissionais. Em novembro de 2025, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) no Espírito Santo avançou 4,5% em relação a outubro, alcançando 108,6 pontos e mantendo-se acima da zona de satisfação, fixada em 100 pontos. O resultado revela um ambiente mais favorável para os negócios, impulsionado tanto pelo calendário sazonal quanto por expectativas positivas em relação ao desempenho da economia nos próximos meses.
As análises são do levantamento do Connect Fecomércio-ES (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Espírito Santo), com informações da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O desempenho capixaba superou a média nacional, que ficou em 104,3 pontos, e também os demais estados do Sudeste, como Minas Gerais (99,2 pontos), São Paulo (101,7 pontos) e Rio de Janeiro (98,8 pontos).
De acordo com o coordenador do Observatório do Comércio do Connect Fecomércio-ES, André Spalenza, o resultado evidencia a posição de destaque do Espírito Santo no cenário regional. “O índice mostra que o empresário capixaba tem maior capacidade de sustentar o consumo, mesmo diante de um contexto econômico marcado por diferenças regionais e desafios nacionais”.
O avanço do Icec em novembro reflete, sobretudo, o fortalecimento das expectativas para o fim do ano, período tradicionalmente marcado por maior circulação de renda, promoções e datas comemorativas, como a Black Friday, o Natal e as festas de fim de ano. “Esses fatores tendem a estimular decisões relacionadas à reposição de estoques, reforço das equipes e planejamento de investimentos, o que se traduz em maior confiança do setor”, explicou Spalenza.
Entre os subíndices que compõem o Icec, o de Condições atuais – que avalia a economia, o setor e a empresa – avançou 4,4% entre outubro e novembro de 2025. A melhora foi influenciada principalmente pela percepção sobre a economia, que cresceu 9,3% no mês. A avaliação do setor também apresentou evolução, com alta de 5,8%, indicando uma recuperação da confiança no curto prazo, enquanto a avaliação da própria empresa mostrou estabilidade com leve tendência de crescimento (0,5%).
Já o subíndice de Expectativas futuras registrou crescimento ainda mais expressivo, com alta mensal de 5,9% em novembro de 2025, chegando a 127,4 pontos. O indicador reflete um aumento do otimismo em relação ao comportamento da economia nos próximos meses, especialmente diante da intensificação do consumo no encerramento do ano. “Mesmo com cautela no cenário nacional, o empresário local demonstra confiança na melhora do ambiente econômico no curto prazo, apoiado no aquecimento típico do varejo nesse período”, destacou o coordenador do Observatório do Comércio.
A intenção de investimentos também apresentou avanço em novembro, com crescimento de 3,1% no mês e índice de 114,9 pontos. O principal destaque foi a intenção de contratação de funcionários, que subiu 5,3%, sinalizando maior disposição das empresas em reforçar suas equipes para atender à demanda. A avaliação sobre investir na própria empresa cresceu 3,7% no período, o que aponta para a estratégia de expansão e fortalecimento das operações.
Na análise por tipo de produto comercializado, todos os segmentos apresentaram resultados positivos em novembro. O maior avanço ocorreu no segmento de bens duráveis (como eletrodomésticos, móveis, veículos e eletrônicos), com crescimento de 7,1% no mês, seguido pelos bens semiduráveis (roupas, calçados e itens de cama, mesa e banho), que subiram 3,8%, e pelos bens não duráveis (alimentos, bebidas, produtos de higiene e limpeza), com alta de 1,9%. Os segmentos permanecem acima da zona de satisfação, indicando um mercado resiliente e uma retomada gradual do consumo de produtos de maior valor agregado, favorecida pela expectativa de melhora nas condições de crédito e financiamento.
A pesquisa completa, com os dados detalhados, está disponível no site portaldocomercio-es.com.br.
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